11 outubro, 2006

A nova geração "crava"

Estava eu calmamente a tomar um café e uma água na esplanada da Praça da República, quando assiti a uma cena que me fez recordar os bons velhos tempos da minha juventude.
Um puto, que não tinha mais de 15 anos, veio "cravar" um cigarro a duas estudantes universitárias que se encontravam numa mesa perto da minha. Eu pensava que já não se "cravavam" cigarros, mas pelos vistos a moda voltou ou talvez nunca nos tenha deixado.
Toda a gente sabe, principalmente os fumadores, que o tabaco não está caro, está apenas acima do poder de compra da maioria dos portugueses. Custa dar quase 3 euros por 20 cigarros que desaparecem num dia ou até menos, basta fazer as contas a quanto se gasta num mês (aconselho vivamente a não as fazerem, a não ser que queiram deixar de fumar).
Para um jovem com semanada controlada, porque há aqueles que são bafejados pela sorte riqueira, imagino que não haja dinheiro pro tabaquito. Estamos assim de volta aos finais dos anos 70 e início dos 80 em que "cravar" um cigarro até dava estilo, imagem que não passava a quem era "cravado", mas um "crava" com estilo tinha sempre lume. Por isso, atenção nova geração de "cravas", tragam sempre um isqueiro (no meu tempo era uma carteira de fósforos) se não quiserem ser "cravas" sem estilo. Fiquem também a saber que quem é "cravado" irrita ainda mais pedirem também lume.
Uma última dica, aproveitem o acto de "cravar" para travar novos conhecimentos, se fores um rapaz "crava" uma rapariga, se fores rapariga "crava" um rapaz.
Fumar mata mas "cravar" ajuda quem é "cravado" a fumar menos um cigarro.
Ah! É verdade, por favor não me "cravem".

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