17 maio, 2008

Fumar ou não fumar, eis a questão


Está cada vez mais dificil ter tempo para escrever aqui qualquer coisa, mas aqui vai.

Esta semana o assunto mais falado talvez tenha sido as passas que o nosso Primeiro deu na viagem até terras do ganda maluco que dá pelo nome de Chavez.
Digo-vos que subiu uns pontos na minha consideração, isto no dia em que eu soube que ele era fumador. O problema foi o que se seguiu.
Um primeiro ministro a pedir desculpa, a justificar um acto, onde já se viu? Depois ainda diz que vai deixar de fumar, eu também sou um grande mentiroso. Cá para mim foi influência do Hugo (aquele personagem de banda desenhada, sim, o A.J.J. da América do Sul)
Alguém ensine ao senhor que um político não pede desculpa, muito menos se retrata, pura e simplesmente demite-se. Exagero? Claro que não.
Ao menos demitia-se por algo que valesse a pena, fugir à ASAE e não por deixar o Ministro das Finanças com a batata quente de admitir que afinal as contas de prosperidade deste governo estavam mal. Ou por estar a destruir aos poucos o SNS para o entregar a privados. Ou levar o ensino a um beco sem saída. Ou incutir em quem dita algumas, mesmo poucas e sem importância a teoria do quero, posso e mando. Ou por mentir descaradamente. Etc.
Mas não, toda a gente falou na porra do cigarro que ele fumou. Claro, é muito mais fácil que confrontá-lo com a merda que ele anda a fazer, até porque as próximas eleições estão no papo, é ou não é?
Por alguma razão a guerra é tanta para a liderança na oposição. Têm de escolher bem quem vão queimar desta vez, ou outra vez.
Sr. primeiro ministro, fez muito bem em fumar no avião com os seus amigos. O que seria de nós sem pessoas da sua classe. A aristocracia faz falta na democracia. Alguém tem de substituir a realeza, a nobreza de outrora, e manter os seus hábitos de superioridade perante o povo.
Um conselho, da próxima vez viaje de barco. Por duas razões, primeiro porque pode fumar o seu cigarrito e a segunda porque se houver um naufrágio está safo.
A merda vem sempre à tona da água.
Hoje resolvi escrever sobre o primeiro ministro da Utopiolândia, da próxima pode ser que fale do nosso querido Portugal.

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